O Centro Acadêmico de Direito da UFRN, com apoio da OAB/RN, realizou na manhã de hoje (14), em frente a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap), um Ato pela Saúde Pública. Estiveram presentes representantes do Centro de Referência de Direitos Humanos, Conselho Regional de Psicologia e moradores da comunidade do Leningrado.

Segundo presidente do Centro Acadêmico de Direito, Lucas Sidrim,  a ideia da mobilização surgiu a partir de um projeto de extensão da UFRN, o Lições de Cidadania. O grupo atua na comunidade do Leningrado e foi lá que eles conheceram Cícero Andrade, pai da menina Vitória Ester, de 1 anos e 3 meses, que faleceu no dia 26 de maio no Hospital Walfredo Gurgel, por falta de leito de UTI. Indignados com a morte da criança e com a situação em que a saúde do Estado se encontra, eles resolveram realizar o ato público.

“Essa é uma forma de chamar a atenção dos governantes e também da socieade. Temos uma Constituição Federal que garante que a população deve ter direito à saúde, mas não é isso que acontece. Vivemos em outra realidade. Hoje a saúde pública está matando ao invés de salvar”, afirmou Lucas.

Para a conselheira da OAB/RN Elke Cunha, manifestações públicas como essas são importantes para apresentar os reais problemas da sociedade. “É uma forma de defender o coletivo e a cidadania. Como o próprio nome do projeto de extensão já diz, o que esses alunos estão fazendo é, de fato, uma lição de cidadania”.

Após o Ato Público, o subsecretário de Gestão e Planejamento da Secretaria Estadual de Saúde, Carlos Bolivar, recebeu  o representante do Centro Acadêmico de Direito da UFRN, Nathália Bonavides, representante do Conselho de Direitos Humanos da OAB/RN; Daniela Rodrigues, coordenadora do Centro de Referência de Direitos Humanos; Cícero Andrade, pai da menina Vitória Ester e representantes do projeto Lições de Cidadania.

Na ocasião, o grupo fez encaminhamentos cobrando da Secretaria soluções para o abastecimento e a ampliação dos leitos de UTI, além de mais transparência quanto a questão orçamentária do Hospital Walfredo Gurgel.

O subsecretário disse que atenderia as solicitações e pediu um prazo de 20 dias para enviar a documentação com as respostas. Uma segunda reunião deverá acontecer no dia 03 de julho, na Secretaria de Saúde.